segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Dificuldades

Ao longo da semana passada o nosso grupo evoluiu na realização do livro e ideias para o projecto. Uma delas será a construção da maqueta de uma cabeça humana com o cérebro aberto para perceber as áreas possíveis afectadas neste tipo de doença. Infelizmente ao tentarmos contactar com uma das Associações para uma possível palestra, esta não nos deu resposta. Nesta semana tentaremos contactar outras de modo a conseguir uma nova e boa resposta!

Cumprimentos,
o pessoal (:

quarta-feira, 14 de outubro de 2009



Aqui estão os esboços para o nosso das crianças. A ideia era criar uma personagem idêntica a tão conhecidas como Mónica e Mafalda. O seu nome será Daniela.
cumprimentos o Pessoal

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Opinião




Olá bloguers!
Aqui estamos nós para mais uma etapa do nosso trabalho.
Imagens são muito importantes, e a comunicação também. Um dos objectivos deste trabalhar é dar luz ás pessoas que carregam esta doença consigo e mal conseguem falar do assunto. Propomos a voçês, a nõs e TI que te juntes a nós e que nos contes, desabafes um episódio da tua vida.
Custa, e dói mas todos nós queremos a liberdade de falar sem discriminação.
Portanto vamos dar asas à nossa mente e ser felizes por um bocadinho.


Tirem a negatividade da vossa cabeça. O mundo espera-nos lá fora. Basta voar (:


Cumprimentos,
o pessoal.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Se alguém me perguntasse o que este problema era, eu talvez conseguisse explicá-lo, mas apenas por meras palavras, por aquilo que eu chamo de senso comum. Aquilo que todas as pessoas sabem dizer, mas só isso. E às vezes até penso que devia saber mais. Será? Saber implica procurar, implica querer importar-se com aqueles que possam sofrer disso. E eu achava que precisava de saber. E não é só pelo facto de alguém da nossa família estar sujeito a essa doença que teremos obrigatoriamente de saber o que isso significa. Será que isso realmente importa? Eu pensava que o esforço de tentar acompanhá-la, custe o que custar, suportar com esse ‘alguém’ chegava. Mas talvez agora não. Talvez não chegue apenas aquilo que vemos. Talvez seja preciso saber o que vai na cabeça de alguém que o sente. É talvez preciso perceber porque é que isso acontece e tentar tornar o facto de esse problema (será que lhe devo chamar problema?) existir, em algo a nosso favor. Isso, definitivamente, tem de acontecer.

Eu não vou ser a primeira pessoa a pensar desta forma. Mas essas teorias que alguém propôs, tudo isso que empacotam em livros de uma espessura horrenda e que fazem as pessoas ler e acreditar, isso para mim, não vale nada. E existe muita gente que gosta de pensar que as doenças existem, alguém as possui, cura-se e simplesmente acaba. Eu também gostaria imenso de pensar assim. Mas não. Eu, que ainda sei pouco, muito pouco, não penso dessa forma. E sei o que preciso de saber por enquanto. E ninguém vai realmente saber o que o problema é até ele chegar a si, por mero acaso. E as coisas acontecem. Rápido. E não há tempo suficiente para pensar porque aconteceu. É urgente ir ao fundo da questão e tentar entender como se processou. Como pode acabar, ou como se pode viver com isso. E não é fácil olhar-se para o próprio umbigo, observar com atenção os defeitos que se tem e querer mudar. Porque tudo começa no querer. Mas isso também não chega. É preciso tomar a iniciativa.

Ninguém nos ensinou nem vai nunca ensinar a viver. E se não formos nós a aprender a fazê-lo, quem o fará por nós? Eu penso que a resposta é mesmo essa: ninguém. Sejamos concretos. Ter uma doença acontece. Alguém tem de a ter. Existem milhares delas. Algumas que nem sequer têm nome. Algumas que nem sequer se conhece a cura, muito infelizmente. Isto é um facto. E acrescenta-se ainda o facto de que ninguém tem o direito de parar de viver por isso. Ninguém.

E por mais que alguém nos diga ‘vai tudo correr bem, nós estamos aqui para o que for preciso’, isso não vai fazer desaparecer da memória que a doença está lá e que é preciso curá-la. É preciso reunir forças, sejam vindas de onde for, acumulá-las o mais possível, fazer das tripas coração, e possivelmente e decididamente ir à luta com o que se tem. Ir. Nem tudo passa por aí, mas essencialmente passa por pensar positivamente. Pensar que isto pode acabar, se quisermos. E que finalmente podemos ter a nossa vida de volta. A doença é uma coisa má. Há quem lhe chame o nosso maior inimigo. Talvez. Isso pode ser verdade. Mas é preciso interpretar o outro lado da moeda. Adoptar estratégias de auto-defesa e de auto-preservação e sobrevivência. Ver o outro lado da moeda. Ver o outro lado da questão. E tentar imaginar ‘bom, já que isto me aconteceu, já que eu tenho isto, e por alguma razão o foi, façamos então uso disto. Tiremos então proveito disto. Façamos disto algo que temos de enfrentar todos os dias, com dificuldade sim, mas algo que no fim, se talvez acabar, nos faça sentir mais fortes, mais vivos, confiantes e a saber que apesar do mal que passámos estamos aqui para mais. Não do mesmo, mas para mais’. Será que temos de pensar assim? Eu não sei as respostas, mas devia ser assim. Deve ser assim. Devem existir milhares de seres humanos a adoptar esta corrente de pensamento, mas ninguém o consegue realmente fazer quando toca a si. É verdade. Eu não o faria. E sei disso. Sei que por uns tempos talvez perdesse a maioria das minhas forças para sequer aceitar que a doença existe e me procurara e desta vez me encontrara então.

Um dia gostaria de conversar com ela. Um bocadinho que fosse. Olhá-la nos olhos e questioná-la porque faz o que faz. Talvez: sabes, um dia escrevi um livro e tentei imaginar o que seria encontrar-me contigo. Possuir-te. Sentir-te como aqueles por aí, onde não sei, a sentem. Gostava que me contasses a história da tua vida. Que me contasses as maiores aventuras que já tiveste em ‘nós’, tecnicamente falando, ‘ser humano’. Que me explicasses porque o fazes. Algum dia pensaste que apesar de a tua existência proporcionar avanços tecnológicos, visto que através de ti, a medicina avançou também, apesar disso, fazes tão mas tão mal a esta gente? Já pensaste nas quantidades soberbas e desoladoras de dor que provocas àqueles que não sabem o que é viver sem saúde? Já pensaste? Não. Nem o farás. Apenas vais continuar a crescer como tens vindo a fazer ultimamente. Vais crescer, ocupar quantidades numerosas de corpos e a fazer desaparecer gente desta terra a uma velocidade arrebatadora e inigualável. Tu fá-lo a cada segundo que passa. Fá-lo sem consciência nenhuma. Talvez porque a natureza assim o quer. Mas isto são tudo suposições. Mas acredita que se um dia o azar te bater à porta eu farei questão de ser a primeira a torná-lo real. Quando te fores embora de mim. Quando te despedires das minhas últimas forças para me deixares ir. Simplesmente, ir. E aí talvez percebas o mal que me fizeste e que andas a fazer a todos.’

Gostaria que estas fossem as palavras que me assaltassem assim que a doença me surpreendesse. Mas não tenho a certeza de o fazer. Porque é fácil falar. Mas a realidade é a maior surpresa. Essa é muito mais difícil do que pensamos. É diferente do que idealizamos. É diferente.

Eu não sei nada da doença. Conheço algumas. Umas mais que outras. Aprendi o que algumas nos podem fazer. Existe alguém que me ensinou algumas coisas sobre elas. A mim, nunca nenhuma me conheceu pessoalmente. Nem eu tenciono que isso aconteça. Mas um dia pode acontecer. Será que devia? O mundo está cheio de imperfeições. Essa seria apenas mais uma. E talvez eu não tivesse o direito de protestar. Talvez não tivesse o direito de me entregar à depressão e deixar que ela fizesse de mim o que quisesse. Mas existem imensos talvez que ninguém cumpre. Eu tenho direito de não os cumprir. O dever por vezes. Eu posso querer não me importar e ser fraca por um dia. Isso nunca fez mal a ninguém. O mundo inteiro passa por isso. Na doença, existem momentos de fracasso e momentos de glória. Preferem-se os segundos, com toda a certeza. Eu tenho a liberdade de sentir que a doença é mais forte que eu e que isso não vai mudar, até que por fim, os meus dias de existência acabem. E talvez se perguntem, para quê falares de algo que não conheces? De algo que nem sequer sabes o que significa? Que pode ferir susceptibilidades. Gostava de responder-lhes: antes que me aconteça a mim, eu quero saber mais tarde o que pensava sobre ela e como eu achava que a devia ultrapassar. E ela pode durar dias, semanas, meses ou até mesmo anos. Eu quero agarrar a certeza de que isso pode ser indiferente e o principal objectivo ser ela acabar. Que o principal recurso seja o meu próprio eu. Aquilo que pode existir dentro de mim que me faça dar mais um passo, mesmo que seja pequenino e doloroso.

Eu conheço pessoas que a carregam consigo. Até algumas que se pensava não estarem neste momento já entre nós, porque obviamente ela as levou daqui para fora, para nunca mais voltar. E a ela refiro-me à doença. E esta foi a primeira facada que assaltou à primeira vista. O tempo.

Uma das 1ªs ideias foi escrever um livro? Porquê um livro?
Um livro pode chegar a cada pessoas de maneiras completamente diferentes. E quisemos chegar a todo o tipo de público. Então pensamos escrever um livro tanto para adultos como para crianças.
A Professora Sílvia deu-nos a ideia de escrever de um lado um livro mais complexo, e virando-o poderíamos ter uma mini banda desenhada para crianças.
Para não vos deixar na expectativa, deixa-mo-vos aqui o nosso prefácio.


Esperamos que gostem (:

Cumprimentos,
o pessoal



Projecto Inicial




















O grupo juntou-se e as ideias começaram a fluir. Queríamos um tema actual, um tema inovador. E porquê uma doença? Muitas pessoas pensam que torna-mo-nos monótonos quando falamos de doenças. Toda a gente acha chato e desinteressante. E esse é o nosso desafio para este ano, mudar a opinião do público.
E voilá 'Bipolaridade'.
A nossa corrida começa agora, e ainda só chegamos ao portão da casa.
Esperamos ver-vos no jardim, onde toda a gente vai mostrar um sorriso e dizer não à indiferença.


Cumprimentos,
o pessoal